terça-feira, 22 de maio de 2012

Santa Rita de Cássia


Santa Rita de Cássia


Em 1981, foi celebrado o VI Centenário do nascimento de Santa Rita de Cássia, considerada a Santa dos Impossíveis. Há seiscentos anos, pois, o mundo conhece Santa Rita, e a devoção a ela cresce diariamente.
Uma rosa é o símbolo de Santa Rita.
Em Roccaporena, onde nasceu Rita, pode-se visitar um horto ou jardim onde foi colocado um belo conjunto de bronze representando Rita, doente em seu leito no  convento, recebendo uma rosa de uma amiga.
Resplandecente de beleza era sua alma,porque Deus morava nela, e Deus é a suprema beleza.
Rita nasceu em Roccaporena  na Itália , filha de Antonio e Amada Lotti. Ali ela viveu metade de sua vida, como criança, jovem, mãe de família e viúva, até ser levada por Deus para o mosteiro de Santa Maria Madalena, em Cássia.
Nascida em 1381, ela fora batizada com o nome de Margherita, mas foi logo apelidada pelo pedacinho de seu nome, Rita.
Margherita – do latim margarita- significa pérola ou pedra preciosa. Leão XIII, quando a declarou Santa, chamou Rita de “Pérola Preciosa da Úmbria”
Tem uma passagem de suma importância  que aqui deve ser citada. Quando ela nasceu, um dia seus pais de assustaram ao ver em cima do berço dela, um enxame de abelhas, e ao chegarem perto viram que as abelhas estavam alimentando-a, colocando mel em sua boca...ou seja ela já nascera Santa.
Rita sempre teve desejos que ir para um convento, porém sendo filha única, sabia que este sonho não se realizaria, o que por muita vezes ela chegara a comentar com amigas o seu desejo de se  servir a Deus e aos mais necessitados, mas ela sabia que isso seria praticamente impossível porque teria que casar-se, constituir família, e depois cuidar dos pais na velhice. E assim foi que Rita foi obrigada a se casar.
Seu marido chamava-se Paulo Ferdinando, da família Mancini. Ele era um homem, violento e de um gênio impossível, Feroz e estúpido, gostava de ganhar as coisas no grito. Era evitado por muitos e querido por poucos.
Aqui começou os sofrimentos de Santa Rita como esposa, mas começou também os seus merecimentos junto de Deus, que fazem dela a poderosa protetora das mães, que correm diariamente as suas igrejas em busca de ajuda para os problemas conjugais.
Ela teve dois filhos João Jácomo e Paulo Maria, segundo a história seriam gêmeos, ou senão muito próximos um do outro.
Rita criou seus filhos num ambiente santo e sadio.
Tudo correu bem com eles até a morte do pai que morreu assassinado.
Como autêntica cristã e revestida do dom da fortaleza, Rita perdoou o assassino de seu marido, e começou a trabalhar o coração de seus filhos para que também perdoassem, mas a vizinhança cobrava dos meninos dizendo-lhes que eles tinham que vingar a morte do pai. Ela sempre dizia aos filhos:
Meus filhos, a vingança pertence a Deus, não são só vocês que estão sofrendo mas eu também estou, e se eu posso perdoar, vocês também podem.
Mas, quanto mais seus filhos cresciam, mais aumentava o ódio e o desejo de vingança, insuflados pela própria família e vizinhança.
Foi então que Rita ofereceu seus filhos a Deus, num heróico holocausto:
“ Meu Deus, antes mortos que assassinos!”
E assim  Deus levou para si, os dois jovens filhos de Rita.
Uma doença grave, uma febre maligna pôs fim aos dois descendentes de Rita. OU seja, ela preferiu ter os dois únicos filhos mortos, do que sse tornarem assassinos, porque o desejo deles, era apenas vingar-se a morte do pai.
Filha, esposa, viúva e mãe despojada dos seus filhos, ainda faltava a Rita subir o último degrau: Ser uma religiosa conventual. Sem o amor do marido e dos filhos, ela entregou-se totalmente a Deus e foi a Cássia conversar com a Madre Superiora pra entrar no convento, o que foi barrada, uma vez que lá havia somente moças, e ela já era viúva.
Mas ela não desistiu. Voltou para casa frustrada e aborrecida, mas seu coração lhe dizia que não seria bem assim. Continuou a rezar mais do que nunca, para que Deus lhe apontasse um caminho.
Como ela não desistira e todo dia ia ao convento insistir pra lá entrar, uma freira só pra distraí-la, deu-lhe a incumbência de regar um pé de uva, já estava há muito tempo morto e seco, qual não foi a surpresa de todas, quando dias depois, o toco seco, sem vida há varios anos, brotou e passou a dar uvas,que elas passaram a consumir durante muitos anos.
Assim ela foi aceita, pra este convento,  e assim dizem que este fora o primeiro milagre de Santa Rita, que na Itália, na cidade de Cássia ainda existe até hoje um pé desta uva, que seria filho ou  neto daquele que ela regara, até hoje intacto.
A partir daí, ela entrou pra esse convento, vestiu o hábito de freira e mais tarde, devido sua dedicação constante a Deus, ELE a chamou
para a vida religiosa num mosteiro, numa ordem religiosa de votos solenes.
Naquele tempo reinava muita austeridade no mosteiro e penitências rigorosas. O mosteiro era pequeno e pobre, mas rico em suas tradições e sua história. Mesmo que não soubesse ler Rita ouviu muitas vezes a regra de Santo Agostinho:
“A lei suprema é a caridade. Em primeiro lugar amém a Deus, depois ao próximo. Tenham um só coração e uma só alma. Tudo passa, só a caridade permanece. Pesem tudo na balança da caridade: é ela que deve mover tudo”
“Entregando-se totalmente á oração, ela se demorava voluntariamente e com muito gosto na contemplação da dolorosa Paixão do Senhor”.
Numa Sexta Feira Santa de 1442, Rita estava na igreja ouvindo a pregação do franciscano, beato Jácomo della Marca, que pregava sobre o sofrimento de Cristo de uma forma quer contagiou a todos.
Tendo voltado a sua cela, Rita prostrou-se aos pés de um crucifixo, e com lágrimas de amargura pelo sofrimento de Cristo, pediu-lhe que lhe concedesse ao menos uma parcela de suas penas.
No mesmo instante, um milagre aconteceu, um espinho da coroa do Crucificado desprendeu-se e como uma seta, atingiu a testa de Rita, causando-lhe uma feia, estranha e dolorosa ferida. “Ao mesmo tempo, Rita sentiu, no coração, uma indizível alegria, que a levou a prolongado êxtase.”
A ferida acompanhou-a até a morte anos depois. Duzentos anos após a morte de Rita, ainda se podia ver a chaga, que depois foi mumificada juntamente com o corpo.
Ela morreu no dia 22 de Maio de 1447, com 66 anos de idade. Nos corações ressoava uma certeza: Morreu uma Santa. Dali em diante sinos deveriam repercutir no mundo inteiro, repetindo o nome de Santa Rita.
E o nome passou a ser sinal de esperança para todos os aflitos, pois a cada dia aumentava o número daqueles que testemunhavam graças e mais graças recebidas pela intercessão de Santa Rita.
Dizem que quando Rita deu o último suspiro, sua cela ficou resplandecente como se fosse a morada do sol.
Hoje o corpo de Santa Rita, restaurado e mumificado, repousa em preciosa urna de cristal, na majestosa Basílica de Cássia, onde é visitado diariamente por turistas religiosos.

A revelação da Santidade de Rita começou cedo. Sus companheiras de mosteiro sabiam das virtudes e graças extraordinárias que Deus concedia a Santa.
Sabiam que aquele convento hospedava uma Santa. Mais tarde outras monjas, recolhendo com todo cuidado as tradições do tempo de Rita, testemunharam que Deus recompensou largamente as penitências da Santa, não só com consolações e doçuras espirituais, mas até com visitas de anjos.




Oração de Santa Rita
Ó poderosa Santa Rita, advogada em toda causa urgente, escutai benignamente as súplicas de um coração angustiado e dignai-vos alcançar-me a graça de que tanto necessito. (((( Pai –nosso, Ave Maria e Glória ao Pai))))

2 comentários:

  1. Carina, vim agradecer sua visita no meu Blog Almas Castelos. Vim aqui visitar o seu e gostei muitíssimo, tanto que já estou te seguindo. A maior riqueza que alguém pode acumular nesta terra é a amizade que faz pelo caminho. Obrigado pela amizade. Que Deus lhe abençoe muito.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Que ótimo! Obrigada por isso. É meio corrido ter q manter o blog, mas é gratificante... hehe. Vamos partilhando o que Deus nos conceder por graça. Deus abençoe.

      Excluir