sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

Parabéns ao meu pai amigo: Padre Douglas Pinheiro



Acordei hoje cedo e orei a Deus pela sua vida. Questionei o Senhor qual o significado que o senhor, padre, tem na minha história. Logo visualizei o Cristo: o Menino Jesus, tão frágil, mas tão cativante, tão sorridente, tão espoleta, tão... criança! São tantas qualidades do Jesus menino que vejo em você, padre. 

Aí vi também o Jesus crescendo, não em todas as etapas, mas em algumas... Jesus entrando no templo, você ordenando na catedral... Um início de uma missão árdua, de um ministério lindo, mas muitas vezes penoso e árduo. Vi em você um Jesus Crucificado, dos próprios pensamentos e idéias, da própria humanidade, nas muitas horas de confissões e atendimentos, no sorriso cansado, na palavra que afaga no momento certo, naquele que entrega tudo de si pelo bem do outro, mesmo ao que menos merece... É este Jesus que vejo no senhor. E um dia, peço a Deus, a graça de vê-lo também no céu, na Jerusalém, reinando com Jesus e Maria, glorioso. Para que lá eu diga: "Olha Jesus. Dá um bom lugar a este servo que te foi fiel, mesmo nas infidelidades humanas. Dá lugar a quem muito te amou no irmão, e te serviu nos homens. Dá lugar a este meu pai espiritual, que por muito lutou. Que me apresentou a ti, como Tu apresentastes a Água viva que emana do teu Coração à samaritana. Dá lugar a ele, que como o Senhor, curou minhas feridas com suas palavras sábias, que vinham sempre do coração de Deus. Dá lugar a este meu pai, que me apresentou a verdadeira devoção a Santíssima Virgem, como meio seguro de salvação em Ti, meu Deus. Honra teu filho, que também foi meu pai, meu amigo, meu irmão".



Não exagero em palavras e nem temo em dizê-las. O senhor, Pe. Douglas, pouco gosta de elogios, eu sei! E por isso poucas vezes os faço. Mas sei que posso fazê-los hoje, no seu aniversário, como forma de oração. Sei que cada palavra de ovação expressa ao senhor, será prontamente elevada como agradecimento a Deus. Se portanto, louvo sua vida, simultaneamente louvo ao Senhor que fez todas essas coisas pelas suas mãos.

Em cada gesto seu, vejo semelhanças no Evangelho. De um homem que se doa pelo bem dos seus! Ah, se eu fosse aqui elencar cada benefício que o senhor trouxe com a sua humilde presença em minha família... O senhor bem sabe que não é exagero e as obras não seriam poucas.

E pensei: como retribuir tudo isso? E a imagem foi a mesma: de Jesus Cristo. Como nos Atos dos Apóstoos (3,6) "Não tenho prata nem ouro; mas o que tenho te dou". O senhor sabe que pouco tenho a acrescentar... o que mais posso oferecer senão o próprio Cristo que você, um dia, me apresentou em profundidade, pelo mover do Espírito Santo?
O que tenho te dou... Eu sou fraca, humana, falha e um dia perecerei... Cristo é vida, é luz, é caminho. Eu posso te retribuir tudo, te dando o Tudo de Cristo que há em mim: nas minhas orações, na minha dedicação em te ver um padre melhor, no meu ombro amigo e no meu ouvido paciente. E peço a Jesus, encarecidamente, que Ele se encarregue de preencher a sua história sempre mais e de lhe dar o galardão eterno...

Sim, quase ia me esquecendo! Feliz aniversário! Quero poder ver os frutos do seu ministério sacerdotal a cada dia, pra louvar e engrandecer a Deus. Quando vejo o que você é capaz pelo Evangelho, sinto minha alma inflamar por Jesus porque penso: se um homem de carne e sangue prega o Evangelho e vive a caridade com tanta intensidade, quem dirá a misericórdia e a caridade de Jesus pelos seus!

Carinhas de bebês! Uma das fotos mais antigas rsrs

Que o Cristo crucificado que há em você e em mim, possa derramar o seu sangue por nós, em cada missa celebrada por tuas mãos, para que um dia possamos todos participar do Banquete de Vida Eterna. Vida Eterna! É o que desejo e o que almejo sempre te impulsionar para este Céu que o Senhor reservou para nós.

Parabéns, padrinho, pai, amigo, irmão, pastor, padre! Amo sua vida imensamente. Sua benção! Carina Caetano (OBS: Tá chegando nos trintão!!! rsrs)

terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

Modéstia masculina: comportamento e vestimenta




 "A pureza exige o pudorO pudor é parte integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Designa a recusa de mostrar o que deve ficar oculto. Ordena-se à castidade e comprova-lhe a delicadeza. Orienta os olhares e as atitudes em conformidade com a dignidade das pessoas e com a união que existe entre elas." - Catecismo da Igreja Católica §2521.


Nós, homens, ao lermos textos como o apresentado acima, falando de "pudor", "olhares", "delicadeza", logo pensamos em uma mulher. Isso porquê nosso instinto observador logo nos prega uma peça fazendo-nos crer que aquele ser a quem se observa, a saber, a mulher, é quem unicamente tem o dever de portar-se com tal recato para que nós, então, livres de qualquer regra no que diz respeito à modéstia, possamos evitar uma reação mais maliciosa. Porém, isso não é verdade.

O homem, em sua relação com Deus, encontra no pudor e na modéstia elementos fundamentais para seu avanço na vida de oração como na castidade e na santidade. Um homem que, deixando de atribuir a responsabilidade da modéstia unicamente à mulher, se comporta e se veste adequadamente como um cristão, um servo de Deus, acaba por fazer experiência inimagináveis em seu relacionamento com o Senhor. Isso eu digo por experiência própria.

Por muitos anos eu fui um católico que, para ir à Igreja, se vestia como tantos outros católicos "comuns": uma camisa qualquer (desde que não contivesse mensagens ou figuras inapropriadas), uma calça qualquer, um calçado qualquer. E, para mim, estava tudo certo. "Estou com meu corpo devidamente vestido e pode até ser que sirva de exemplo", pensava. Mas na verdade, eu estava apenas fazendo o básico para não escandalizar. Eu podia fazer mais! E foi justamente isso que um padre amigo meu me fez enxergar. Num dia, enquanto passeávamos, ele começou a explicar a importância e beleza que havia no fato de um homem vestir-se de forma diferente para ir à Igreja, sobretudo quando se trata de ir na Santa Missa. Dizia que, originalmente, o costume de vestir-se bem para a participação no culto sagrado era um costume católico, que infelizmente foi se perdendo com o avanço do "pensamento moderno" e a acomodação por parte de alguns (ou muitos) católicos. Em meio a muitos detalhes e argumentos na conversa, basicamente o que me chamou atenção foi o fato de que "os homens deveriam vestir-se de modo especial para ir à Missa justamente para mostrar que aquele acontecimento no qual iriam participar está acima de qualquer fato, ocasião e acontecimento do cotidiano. É um momento único!"





Realmente é a pura verdade! Se nos preparamos tanto para irmos a uma lanchonete com os amigos, para ir a um aniversário, a um casamento, quanto não devemos estar bem apresentáveis para participarmos da Santa Missa?! A partir de então, comecei a ir à Missa vestido como merece a ocasião.

Como dizia Santo Agostinho: "À graça pressupõe a natureza", e foi exatamente isso que aconteceu. A partir da minha nova atitude, da minha nova postura, a graça do Espírito Santo veio ao meu encontro, dando-me a conhecer e perceber coisas que antes eu, no meu "fazer o básico", ignorava. Comecei a me dar conta do quanto cada detalhe contribui para que minha oração, minha comunhão com Deus flua. Hoje posso dizer com toda alegria do meu coração de cristão: Quando me arrumo para ir à Santa Missa, é para Ele que me arrumo. A camisa social, o sapato, o perfume, tudo! Tudo para ir ao encontro do Amado, pois amando-o também nos detalhes, tenho a graça de perceber os detalhes do Seu amor por mim e assim conhecê-lo cada vez mais. Beleza tão antiga e tão nova!

Para que aquele jeito de vestir se tornasse um hábito foi questão de tempo.

Para minha surpresa, fiz experiências espirituais e, por conseguinte, adquiri graças e virtudes que eu nunca imaginara estar ligado a algo tão simples como o pudor e a modéstia. Lembro que a percepção de que meu espírito e minha oração estavam diferentes não demorou muito a aparecer. Passei a me sentir (e de fato estava) adequado àquele acontecimento tão importante do qual antes eu não pude olhar com mais zelo devido a falta de atenção a grandiosidade do que ali se passava. Me sentindo adequado ao ambiente, ao contexto, eu tinha mais vontade de permanecer na Igreja, chegar um tempo antes e ficar um pouco mais depois, contemplando em espírito, a singularidade daquele momento em que estava ali.

Com o tempo percebi que certas virtudes estavam anos a minha espera (os anos da minha caminhada na Igreja) e que, pelas palavras inspiradas de um amigo sacerdote, puderam ser resgatadas ainda na flor da juventude. Hoje minha devoção, atenção, comunhão e zelo são incomparavelmente maiores do que quando me vestia apenas como um católico comum. Hoje, subo ao calvário ainda mais preparado (apesar de minhas misérias), sabendo que no simples que compete a mim, a começar pela roupa, ofereço o melhor que tenho Àquele que deu tudo por mim.


Caio C. Pereira
(Osasco/SP)

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Página no Facebook... Aleluia!

Amadas,

Sim, eu finalmente criei uma página no facebook! aeeee rsrs

Me ajudem a divulgar? E claro, contribuam com fotos, vídeos, perguntas, comentários... Preciso de ajuda, ando sem tempo para estas coisas, aceito voluntárias!! 



Deus abençoe!

www.facebook.com/servindoporamor

Até mais, lindas!

Beijos
Carina Caetano



sexta-feira, 7 de fevereiro de 2014

Reflexão Cor 11,1-16 – Exegese sobre o texto bíblico sobre o uso do véu


Reflexão Cor 11,1-16 – Exegese sobre o texto bíblico sobre o uso do véu
Por Donald P. Goodman III – Tradução do inglês por Carina Caetano

1Sede meus imitadores, como também eu de Cristo. 2E louvo-vos, irmãos, porque em tudo vos lembrais de mim, e retendes os preceitos como vo-los entreguei. 3Mas quero que saibais que Cristo é a cabeça de todo o homem, e o homem a cabeça da mulher; e Deus a cabeça de Cristo.
4Todo o homem que ora ou profetiza, tendo a cabeça coberta, desonra a sua própria cabeça. 5Mas toda a mulher que ora ou profetiza com a cabeça descoberta, desonra a sua própria cabeça, porque é como se estivesse rapada. 6Portanto, se a mulher não se cobre com véu, tosquie-se também. Mas, se para a mulher é coisa indecente tosquiar-se ou rapar-se, que ponha o véu. 7O homem, pois, não deve cobrir a cabeça, porque é a imagem e glória de Deus, mas a mulher é a glória do homem. 8Porque o homem não provém da mulher, mas a mulher do homem. 9Porque também o homem não foi criado por causa da mulher, mas a mulher por causa do homem. 10Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos. 11Todavia, nem o homem é sem a mulher, nem a mulher sem o homem, no Senhor. 12Porque, como a mulher provém do homem, assim também o homem provém da mulher, mas tudo vem de Deus. 13Julgai entre vós mesmos: é decente que a mulher ore a Deus descoberta? 14Ou não vos ensina a mesma natureza que é desonra para o homem ter cabelo crescido?  15Mas ter a mulher cabelo crescido lhe é honroso, porque o cabelo lhe foi dado em lugar de véu. 16Mas, se alguém quiser ser contencioso, nós não temos tal costume, nem as igrejas de Deus. (Cor 11,1-16)

O que segue é uma simples exegese/reflexão do texto. Simples porque a exegese mais complexa seria feita com a reflexão total do texto em um artigo. Por agora, gostaria de fazer uma interpretação do texto, utilizando das palavras de São Paulo e dando às palavras o seu real significado. Essencialmente, São Paulo está dizendo que o véu – do latim velare, cobrir – é necessário para mostrar a relação entre o homem, a mulher e Deus.
Essa leitura é inteiramente clara. São Paulo começa explicando que “a cabeça de todo homem é Cristo; e a cabeça da mulher é o homem; e a cabeça de Cristo é Deus.” Aqui ele está desenhando uma analogia clássica, que sempre foi utilizada na história da igreja, particularmente na explicação do sacramento do Matrimônio: que o homem é para a mulher o que Cristo é para a Igreja. A cabeça do homem, São Paulo explica, é Cristo; a cabeça da mulher é o homem. Ele ainda nos dis que o homem “é a imagem e a glória de Deus; mas a mulher é a glória do homem.” Ele ainda observa que “o homem não é da mulher, mas a mulher é do homem”. A analogia de Deus e do homem e do homem e mulher são claras, e definitivamente não são desconhecidas para São Paulo (Cor 11, 3; Cor 11,7-8).
de fato, São Paulo é o mais odiado pelas feministas modernas por causa também da formulação da sua teoria na Epístola aos Efésios. Lá, São Paulo faz a analogia mais explicitamente, mas pode ser facilmente reconhecida como a mesma analogia que refletimos anteriormente: “Que as mulheres sejam submetidas aos seus maridos, assim como ao Senhor: porque o marido é a cabeça da esposa, como Cristo é a cabeça da igreja, Ele é o salvador do corpo. Da mesma maneira que a igreja é submissa a Cristo, que as esposas sejam também para os seus maridos em todas as coisas. Maridos, amai suas esposas, como Cristo amou a Igreja e se entregou a si mesmo por ela.” (Ef 5. 22-25).
As similaridades entre as passagens são claras: o texto do véu e este texto dos Efésios expressam a mesma analogia:
Homem x Mulher em analogias divinas
Homem
Mulher
Deus
Cristo
Cristo
A Igreja
Cristo
Homem
Imagem de Deus
Imagem do homem
Contemplação
Razão prática


St. Perpetua - Early Christian mosaic


São Paulo então utilize esta analogia para justificar seu requerimento que as mulheres cubram suas cabeças. Depois de nos lembrar que “o homem não foi feito para a mulher, mas a mulher para o homem”, ele nos diz que “Portanto, a mulher deve ter sobre a cabeça sinal de poderio, por causa dos anjos,”. Pode-se então concluir que este “poder” que ele diz é o véu, mencionado anteriormente; ele argumente que, porque o homem é para a mulher o que Cristo é para a humanidade, uma mulher deve ser velada. Esta é a inevitável leitura do texto, se ele for lido cuidadosamente (Cor 11,9-10).
São Jerônimo traduz esta passagem como “deo debet mulier potestatem habere supra caput” [“portanto a mulher deve vestir (símbolo do homem) o poder que está acima de sua cabeça”]. Vemos que São Jerônimo deu uma tradução literal, e consequentemente não revela completamente seu significado. O grego, de acordo com Liddell e Scott, traduz para “poder” ou “autoridade”.
Este poder, portanto, não é simplesmente um jeito estranho de dizer “cobrir-se”; isso significa, literalmente, poder ou autoridade. A mulher não precisa de algo para se cobrir em sua cabeça, ela precisa de autoridade sobre sua cabeça (“supra caput”). São Paulo está dizendo sobre a autoridade que está sobre a mulher, assim como Deus é a autoridade sobre a humanidade. A mulher, portanto, precisa de “autoridade” sobre sua cabeça; o véu para cobrir representa esta autoridade. São Paulo está configurando o véu como um sinal da submissão da mulher ao homem.
O fruto desta doutrina de submissão e cobrir-se é o simplesmente representada pelo véu cobrindo a mulher, que dá testemunho às maiores verdades do Catolicismo. Ela proclama simplesmente pela sua cabeça coberta que Deus é maior que o homem; que o homem é o líder dentro da humanidade e que a mulher é submissa ao homem. Ela também proclama sua submissão pessoal a Jesus Cristo, ao seu marido, se for casada, e aos seus superiores, se for solteira. Um mero vestuário representa todas essas coisas para um mundo duvidoso. A mulher é privilegiada para ser capaz de usar um véu.
Essa analogia de Cristo e a humanidade assim como para o homem com a mulher também estende ao relacionamento de Deus com sua Igreja. Isto é, o homem é para a mulher, assim como Cristo é para a Igreja, assim como refletido por São Paulo. Então se uma mulher que cobre sua cabeça ela está proclamando a submissão da Igreja à Cristo. Cobrir-se simboliza a submissão universal a Cristo Jesus. Além disso, por uma extremidade, a mulher anuncia a analogia, mas por outra, também anuncia o Evangelho.
A mulher coberta está dando testemunho do fato de que ela declara que seu marido a ama, assim como Cristo ama a Sua Igreja, e que Deus cuida amorosamente a humanidade, assim como "também Cristo amou a Igreja e se entregou por ela." - e muito melhor do que - o marido assiste amorosamente sobre ela. Este simples pano sobre a cabeça, quando entendido dessa maneira, é um poderoso testemunho da fé católica; felizes são as mulheres que com tão simples gesto podem proclamar essas verdades nobres!
Na Dormição da Virgem Maria, Nossa Senhora e as mulheres de luto são retratados com as coberturas de cabeça tradicionais

São Paulo ilustra essa verdade fazendo referência a costumes relativos ao cabelo. Ele argumenta que os homens que têm o cabelo curto é o mesmo que lhes manter suas cabeças descobertas, que simboliza a sua autoridade sobre a mulher e da autoridade de Cristo sobre a Igreja. Da mesma forma, as mulheres que têm cabelo comprido é o mesmo que lhes manter suas cabeças cobertas, que simboliza a sua submissão ao homem, e a submissão da Igreja a Cristo. Embora isso possa parecer um costume local, São Paulo pede e ensina aos Coríntios  que o homem, na verdade, se deixar o cabelo crescer será uma desonra. Mas se uma mulher deixar seus cabelos crescerem  é uma glória para ela, pois seu cabelo é dado a ela por uma cobertura. O costume do véu, então, se reflete na natureza. Mulheres com os cabelos longos refletem a natureza da sua beleza externa. E os homens mantendo seus cabelos curtos porque, naturalmente, isso também reflete sua própria autoridade. O véu é como aperfeiçoar simbolismo da natureza. (Cor 11,14-15).


Mas São Paulo não diz que "o cabelo é dado a ela como uma cobertura?" Por que, então, ela precisa usar o véu, quando ela já está coberta? Pela mesma razão que usam anéis de casamento, mesmo que o Sacramento permaneça sem eles. Os homens precisam de sinais artificiais de realidades naturais. Pode-se também perguntar por que o padre usa vestes, quando o simples fato de oferecer a missa é um sinal de sua autoridade. São Paulo exige que as mulheres cubram suas cabeças, além de seus cabelos longos, enquanto "orando e profetizando", dizendo que, se fizerem ao contrário, é como se estivessem carecas. (Cor 11,5).

Se ele estivesse se referindo apenas ao cabelo longo da mulher, depois de orar e profetizar seria uma analogia supérflua. Assim, São Paulo estava definitivamente falando de uma cobertura real sobre a cabeça da mulher para além da cobertura natural, pelo menos enquanto orando e profetizando. Em outras vezes, ao que parece, o cabelo por si só é suficiente símbolo de sua submissão ao marido.

Esta, pelo menos, é o que me parece ser a única interpretação coerente do texto antes de ouvir as palavras da Igreja sobre o assunto. O que a Igreja ensinou sobre essas passagens? A Igreja não tem ensinado infalivelmente nada em relação à sua interpretação. No entanto, muitos grandes pensadores têm abordado estes versos, inclusive Padres e Doutores da Igreja. Vou examinar suas opiniões sobre o seu significado, e só então formar opinião própria.


[As reflexões seguirão com textos e estudos de Doutores da Igreja: São João Crisóstomo, Santo Ambrósio de Milão, Santo Agostinho e São Tomás de Aquino]

Aguardem, meninas!