Paz!
Depois de muito tempo e muitos pedidos, publiquei aqui a apostila completa. Perdoem pela demora, estava sem computador! rs
Deus abençoe!
Peço por favor, se forem copiar, coloquem a fonte e me avisem, se possível!
Salve Maria!
Carina Caetano
Introdução
A colaboração da mulher
na Igreja
Existe na mulher a capacidade física de dar a vida.
Vivida ou potencial, essa capacidade é uma realidade que estrutura em profundidade
a personalidade feminina. Permite-lhe alcançar muito cedo a maturidade, sentido
da gravidade da vida e das responsabilidades que a mesma implica. Desenvolve em
si o sentido e o respeito do concreto, que se opõe às abstrações, muitas vezes
mortais para a existência dos indivíduos e da sociedade. É ela, enfim, que,
mesmo nas situações mais desesperadas — a história passada e presente são
testemunho disso —, possui uma capacidade única de resistir nas adversidades;
de tornar a vida ainda possível, mesmo em situações extremas; de conservar um
sentido tenaz do futuro e, por último, recordar com as lágrimas o preço de cada
vida humana.
Entre os valores fundamentais relacionados com a vida
concreta da mulher, existe o que se chama a sua “capacidade para o outro”. Não
obstante o fato de um certo discurso feminista reivindicar as exigências “para
ela mesma”, a mulher conserva a intuição profunda de que o melhor da sua vida é
feito de atividades orientadas para o despertar do outro, para o seu
crescimento, a sua proteção.
No que diz respeito à Igreja, o sinal da mulher é
eminentemente central e fecundo. Depende da própria centralidade da Igreja, que
o recebe de Deus e acolhe na fé. É esta identidade “mística”, profunda,
essencial, que se deve ter presente na reflexão sobre os papéis próprios do
homem e da mulher na Igreja.
A existência de
Maria é um convite à Igreja para basear o seu ser na escuta e no acolhimento da
Palavra de Deus, porque a fé não é tanto a procura de Deus por parte do ser
humano, mas é, sobretudo, a aceitação por parte do homem de que Deus vem até
ele, visita-o e fala-lhe.
Sempre em
Maria, a Igreja aprende a conhecer a intimidade de Cristo. De Maria, a Igreja
aprende o sentido do poder do amor, como Deus o exerce e revela na própria vida
do Filho.
Olhar para
Maria e imitá-la não significa, todavia, voltar a Igreja a uma passividade
inspirada numa concepção superada da feminilidade, e condená-la a uma
vulnerabilidade perigosa, num mundo em que o que conta é, sobretudo, o domínio
e o poder. Na verdade, o caminho de Cristo não é nem o do domínio (cf Fil 2,6),
nem o do poder como o entende o mundo (cf Jo 18,36). Do Filho de Deus
pode aprender-se que esta “passividade” é, na realidade, o caminho do amor; é
um poder régio que derrota toda a violência; é “paixão” que salva o mundo do
pecado e da morte e recria a humanidade. Confiando ao apóstolo João a sua Mãe,
o Crucificado convida a sua Igreja a aprender de Maria o segredo do amor que
triunfa.
As mulheres,
portanto, são chamadas a serem modelos e testemunhas insubstituíveis para todos
os cristãos de como a Esposa deve responder com amor ao amor do Esposo,
manifestando o rosto da Igreja como mãe dos fiéis.
Inspirados pela
dignidade comum e no recíproco reconhecimento e colaboração do homem e da mulher
na Igreja, como imagem e semelhança de Deus (Gn 1,26), cada um segundo a graça
que recebeu, é que, guiados pelo Espírito Santo, faremos uma breve reflexão
sobre o uso piedoso do véu de forma a exaltar Jesus Cristo, recordando uma
tradição por anos esquecida, porém atualizada no Senhor que renova todas as
coisas (Ap 21,5).
Desuso do véu: Contexto
histórico
Nestes
últimos anos têm-se delineado novas tendências na abordagem do tema da mulher.
Uma primeira tendência ressalta fortemente a condição de subordinação da
mulher, procurando criar uma atitude de contestação. A mulher, para ser ela
mesma, apresenta-se como antagônica do homem. Aos abusos de poder, responde com
uma estratégia de busca do poder. Tal processo leva a uma rivalidade entre os
sexos, onde a identidade e o papel de um são assumidos em prejuízo do outro,
com a conseqüência de introduzir uma desordem, que tem o seu revés mais
imediato e nefasto na estrutura da família.
Tal
resultado tão atual e, muitas vezes, inconscientemente vivido, é conseqüência
histórica de diversas revoluções sociais e morais desencadeadas na década de
1960 até hoje: o feminismo (1960 até
a atualidade, em suas diversas ‘ondas’), que tem por meta alcançar os direitos
a uma
vivência humana liberta de padrões opressores baseados em normas de gênero
feminino x masculino; a revolta estudantil (1968) que objetivava
manifestar-se contra um sistema repressor e antiquado de ensino; os movimentos hippies (1960-70) que contestavam a sociedade e questionavam os
valores tradicionais, adotando um modo de vida comunitário; a revolução sexual (1960) que é uma perspectiva social que desafia os códigos
tradicionais comportamento relacionados à sexualidade humana e aos
relacionamentos interpessoais.
Estes são alguns exemplos relevantes de fatores
que modificaram o modo de pensar da sociedade, e, conseqüentemente, essas
revoluções morais/sociais repercutiram dentro da Igreja.
Após o Concílio Vaticano II (década de 1960), que
tinha como objetivo dar uma nova orientação pastoral à Igreja e uma nova forma
de apresentar e explicar os dogmas católicos ao mundo moderno, mas sempre fiel
à Tradição, muitas práticas litúrgicas tornaram-se facultativas: o uso de
batina dos padres, o uso do latim nas missas e também o uso do véu, por
exemplo.
Sendo assim, tais práticas facultativas, pouco a
pouco, tornaram-se sinônimos de uma quase proibição, uma vez que, o movimento
feminista, cada vez mais, busca a igualdade das mulheres perante os homens.
Partindo da necessidade dos indivíduos verificarem visualmente o alcance deste
objetivo é que o uso do véu, no Ocidente, tornou-se escasso, já que atrelava-se
o desuso do véu à um alcance de igualdade. A ideologia feminista fez o véu ser
visto de uma forma que a Santa Igreja nunca o fez: um símbolo da opressão
machista, denegrindo a dignidade da mulher.
A Santa Missa
"O
martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem
oferece à Deus a sua vida; na Santa Missa, porém, Deus dá o seu Corpo e o seu
Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse devidamente esse
mistério, morreria de amor. A Eucaristia é o milagre supremo do Salvador; é o
Dom soberano do Seu amor." (São Tomás de Aquino)
"A
Santa Missa é a obra na qual Deus coloca sob os nossos olhos todo o amor que
Ele nos tem; é de certo modo, a síntese de todos os benefícios que Ele nos
faz." (São Boaventura)
"Todas
as Missas tem um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio Jesus Cristo,
com uma devoção e amor acima do entendimento dos Anjos e dos homens,
constituindo o meio mais eficaz, que nos deixou Nosso Senhor Jesus Cristo, para
a salvação da humanidade." (Santa Matilde)
O Catecismo da Igreja
Católica (n. 1358) nos diz que devemos
considerar a Missa:
- como ação de graças e
louvor ao Pai;
- como memorial
sacrifical de Cristo e de seu corpo;
- como presença de Cristo
pelo poder de sua palavra e de seu Espírito.
A Santa
Missa é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo
verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pagou pelos nossos pecados na cruz. Tal Sacrifício
se torna presente na Santa Missa no momento em que o pão e vinho tornam-se
verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor (Catecismo da
Igreja Católica, 1373-1381). O Santo Sacrifício da Missa é incruento (ou seja,
sem sofrimento nem derramamento de sangue), ou seja, é o mesmo e único
Sacrifício do Calvário, tornando-se verdadeiramente presente na Santa Missa
para que possamos receber os seus frutos e nos alimentar da Carne e do Sangue
de Nosso Senhor. Por isso o Sagrado Magistério nos ensina que "o sacrifício de Cristo e o sacrifício da
Eucaristia são um único sacrifício." (Catecismo da
Igreja Católica, 1367)
Portanto,
“a Eucaristia é fonte e ápice de toda a
vida cristã. Os demais sacramentos, assim como todos os ministérios eclesiásticos
e tarefas apostólicas, se ligam à sagrada Eucaristia e a ela se ordenam, pois a
Santíssima Eucaristia contém todo o bem espiritual da Igreja, a saber, o
próprio Cristo, nossa Páscoa”. (Catecismo da Igreja Católica, n. 1324).
A fé na presença real, verdadeira e substancial de Cristo na Eucaristia
assegura-nos que ali está o mesmo Jesus que nasceu da Virgem Maria, que viveu
ocultamente 30 anos em Nazaré, que pregou a Boa Nova aos homens, morreu na
cruz, ressuscitou e subiu aos Céus. É este mesmo Jesus que está presente em
todas e cada uma das hóstias consagradas e em cada uma de suas partes
ou mínimas partículas.
A Santa Missa é o
acontecimento fundamental da nossa fé, de importância excepcional e singular;
um momento de encontro particular com o próprio Deus que vem ao nosso meio por
amor e misericórdia e se faz alimento para renovar-nos espiritualmente, para
dar sentido ao nosso caminho, para ser a vida que transborda e fonte de toda
Santidade.
“A
felicidade que vocês procuram, a felicidade que têm o direito de saborear tem
um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só Ele dá a
plenitude de vida à humanidade.” (BENTO XVI, palavra dirigida aos jovens
reunidos em Colônia logo na festa de acolhimento, junto ao rio Reno)
Símbolos Litúrgicos
O ser humano é, ao mesmo tempo,
corporal e espiritual. É matéria e espírito. Sua percepção, pois, das
realidades espirituais depende de imagens e de símbolos. Em todas as
civilizações e culturas e em todos os momentos da história, esse fato é averiguado,
sem discussões. O homem percebe as coisas pela linguagem própria, viva e
silenciosa das coisas e se situa - ele próprio - no mundo do mistério. Tendo
consciência de sua realidade transcendente, o homem busca, pois, a comunhão no
mistério, que se dá, sobretudo na linguagem silenciosa dos símbolos.
De fato, os símbolos nos mostram,
em sua visibilidade, uma realidade que os transcende, invisível. Falam sempre a
linguagem do mistério, apontando para além deles próprios. Por aqui se pode
perceber o quanto é útil e necessária na liturgia esta linguagem misteriosa dos
símbolos, e eles não têm, como objetivo, explicar o mistério que se celebra,
pois o mistério é para ser vivido, muito mais do que explicado. A finalidade
dos símbolos é enriquecer, na linguagem simples das coisas criadas, a expressão
profunda do mistério, que é invisível. Todo símbolo litúrgico deve, pois,
mergulhar-nos na grandeza do mistério, sem reduzir este, e sem banalizá-lo, e,
como símbolo, deve ser simples, como simples é toda a criação visível. Sua
principal função, sobretudo na liturgia, é, pois, comunicar-nos aquela verdade
inefável, que brota do mistério de Deus e que, portanto, não se pode comunicar
com palavras. E a liturgia é descrita como ação simbólica, no sentido mais
pleno. Desde a assembléia reunida até a pequenina chama da vela que arde, tudo
é expressão simbólica, que nos remete ao abismo do mistério de Deus e à
celebração da Santa Eucaristia, Corpo de Cristo. Na compreensão desse dado
litúrgico está a beleza de todo ato celebrativo, e de sua consciência brota já
a alegria pascal, como antecipação sacramental das alegrias futuras,
definitivas e eternas.
Como se
vestir para ir à Santa Missa?
Tendo,
sucintamente, refletido sobre a importância da Santa Missa, reflitamos, agora,
a respeito da vestimenta para a Santa Missa, onde, conforme indicado pelo
Catecismo da Igreja Católica (n. 1387): "A
atitude corporal - gestos, roupa - há de traduzir o respeito, a solenidade, a
alegria deste momento em que Cristo se torna nosso hóspede."
E ainda:
“A pureza exige o pudor. Este é uma parte
integrante da temperança. O pudor preserva a intimidade da pessoa. Consiste na
recusa de mostrar aquilo que deve ficar escondido. Está ordenado à castidade,
exprimindo sua delicadeza. Orienta os olhares e os gestos em conformidade com a
dignidade das pessoas e de sua união.
O pudor protege o mistério das pessoas e de seu
amor. [...] O pudor é modéstia. Inspira o modo de vestir. Mantém o silêncio ou
certa reserva quando se entrevê o risco de uma curiosidade malsã. Torna-se
discrição.
Existe um pudor dos sentimentos, como existe o do
corpo. O pudor, por exemplo, protesta contra a exploração do corpo humano em
função de uma curiosidade doentia (como em certo tipo de publicidade), ou
contra a solicitação de certos meios de comunicação irem longe demais à
revelação de confidências íntimas. O pudor inspira um modo de viver que permite
resistir às solicitações da moda e à pressão das ideologias dominantes.
As formas revestidas pelo pudor variam de uma
cultura a outra. Em toda parte, porém, ele permanece como o pressentimento de
uma dignidade espiritual própria do homem. O pudor nasce pelo despertar da
consciência do sujeito. Ensinar o pudor a crianças e adolescentes é
despertá-los para o respeito à pessoa humana.” (Catecismo da Igreja Católica
n.2521-2524).
Pergunta-se:
é certo usar roupas que expõem o corpo de forma escandalosa, como decotes,
shorts curtos ou blusas que mostrem a barriga? Para a Santa Missa, tais
vestimentas não são adequadas. Portanto, convém que se evitem também tudo o que
contraria, como afirma o Catecismo, a alegria, a solenidade e o respeito - isto
é, banaliza o momento sagrado.
O bom
senso nos mostra, por exemplo, que partindo do princípio da solenidade, é
melhor que se use uma calça do que uma bermuda. O bom senso nos mostra também
que, partindo do princípio do respeito e da não-banalização do sagrado, é
melhor que se evitem roupas que chamem atenção para o corpo ou para elementos
não relacionados com a Sagrada Liturgia. É melhor que uma mulher, por exemplo,
utilize uma blusa com mangas; é melhor que utilize uma calça discreta, saia ou
vestido; também é melhor que se utilize, por exemplo, uma camisa ou camiseta
discreta do que uma camiseta de um time de futebol.
No caso
da mulher, a sociedade e a mídia oferecem tendências de modas que provoquem os
homens ao pecado. Porém, é de suma importância que se saiba dar o valor ao
corpo que lhe é devido. “O homem natural
não aceita as coisas do Espírito de Deus, pois para ele são loucuras. Nem as
pode compreender, porque é pelo Espírito que se devem ponderar. [...] Quem
conheceu o pensamento do Senhor, para que O possa instruir? Nós, porém, temos o
pensamento de Cristo.” (ICor 2, 14-16).
Quando
mais o corpo for encoberto de forma elegante e bela - cabe ressaltar que não se
trata de impor o uso de burkas, por exemplo – mais revestida de modéstia a
mulher estará, sem ser ocasião de pecado, uma vez que, quanto mais se mostra o
corpo, mais se esconde a alma. Moda e modéstia devem andar de mãos dadas como
duas irmãs, porque ambas as palavras têm a mesma etimologia: elas derivam do
latim “modus”, significando a medida certa, e qualquer desvio em uma
direção ou outra é considerada não reta, não razoável. Mas a modéstia não é
algo apartado da moda.
Os
diversos sinais e símbolos litúrgicos (paramentos, velas, incenso, gestos do
corpo), partem da necessidade de se manifestar com sinais externos a fé
católica a respeito do que acontece no Santo Sacrifício da Missa, bem como
manifestar externamente a honra devida a Deus. A atitude interna é obviamente
fundamental, mas desprezar as atitudes externas é um erro.
A este
respeito, escreveu o saudoso Beato Papa João Paulo II: "De modo particular torna-se necessário
cultivar, tanto na celebração da Missa como no culto eucarístico fora dela, uma
consciência viva da Presença Real de Cristo, tendo o cuidado de testemunhá-la
com o tom da voz, os gestos, os movimentos, o comportamento no seu todo. [...]
Numa palavra, é necessário que todo o modo de tratar a Eucaristia por parte dos
ministros e dos fiéis seja caracterizado por um respeito extremo."
(Mane Nobiscum Domine, 18)
Concluímos
com as palavras de São Josemaria Escrivá em uma de suas homilias, recordando
seus tempos de infância: "Lembro-me
de como as pessoas se preparavam para comungar: havia esmero em arrumar bem a
alma e o corpo. As melhores roupas, o cabelo bem penteado, o corpo fisicamente
limpo, talvez até com um pouco de perfume. Eram delicadezas próprias de gente
enamorada, de almas finas e retas, que sabiam pagar Amor com amor."
Afirma ainda:
"Quando na terra se recebem pessoas
investidas em autoridade, preparam-se luzes, música e vestes de gala. Para
hospedarmos Cristo na nossa alma, de que maneira não devemos
preparar-nos?" (Homilias
sobre a Eucaristia, Ed. Quadrante)
Por que usar o véu?
Véu como
sacramental
“A santa mãe Igreja instituiu os sacramentais,
que são sinais sagrados pelos quais, à imitação dos sacramentos, são
significados efeitos principalmente espirituais, obtidos pela impetração da
Igreja. Pelos sacramentais os homens se dispõem a receber o efeito principal
dos sacramentos e são santificadas as diversas circunstâncias da vida." (CIC,
1667).
"Os
sacramentais não conferem a graça do Espírito Santo à maneira dos sacramentos,
mas, pela oração da Igreja preparam para receber a graça e dispõem à cooperação
com ela. Para os fiéis bem-dispostos, quase todo acontecimento da vida é
santificado pela graça divina que flui do mistério pascal da paixão, morte e
ressurreição de Cristo, do qual todos os sacramentos e sacramentais adquirem
sua eficácia. E quase não há uso honesto de coisas materiais que não possa ser
dirigido à finalidade de santificar o homem e louvar a Deus.” (CIC, 1670).
Portanto, o véu é um
sacramental. A diferença entre sacramento e sacramental é simples: Os
sacramentos (Batismo, Crisma, Eucaristia, Confissão, Unção dos enfermos, Ordem,
Matrimônio) foram instituídos por Jesus Cristo para dar a graça santificante às
nossas almas. Por meio deles, obtemos a graça santificante que apaga o pecado ou,
então, aumenta a graça que já possuímos. Já os sacramentais não conferem a
graça em si, à maneira dos sacramentos, mas são caminhos que conduzem a ela,
ajudando a santificar as diferentes circunstâncias da vida. Os sacramentais
despertam nos cristãos sentimentos de amor e de fé. Assim como crucifixos,
medalhas, terços, escapulários, imagens do Senhor, da Virgem e de santos são
sacramentais, o véu também o é.
Sendo assim, o uso do véu
é um caminho que conduz a exaltação da Santa Eucaristia e não a elevação de si
mesmo. A finalidade está em santificar-se e louvar a Deus.
Piedade e
humildade
A mulher piedosa é a que traz a essência da
bondade, piedade e santidade para o mundo em sua volta. “Do mesmo modo, quero que as mulheres usem traje honesto, ataviando-se
com modéstia e sobriedade. Seus enfeites consistam não em primorosos penteados,
ouro, pérolas, vestidos de luxo, e sim em boas obras, como convém a mulheres
que professam a piedade.” (I Tm 2, 9-10). Desta maneira, é evidente que o
Corpo de Cristo necessita de mulheres capazes de apiedar-se em seu interior,
primeiramente, para que possam externa-las com ações práticas. Para isso, somos
capacitados pelo Espírito Santo que frutificará em nós a caridade, alegria, paz, paciência, afabilidade, bondade, fidelidade,
brandura e temperança (Gl 5, 22-23) para a nossa caminhada diária na
busca incessante pelo Senhor.
A honra emana da humildade. A humildade não é ser
fraco, mas reconhecer nossas fraquezas; não é ter uma baixa estima, mas é
pensar menos sobre si mesmo. Humildade simplesmente significa que temos uma
avaliação imparcial das nossas forças e fraquezas. Comte-Sponville comenta: “A humildade é esse esforço, pelo qual o ‘eu’ tenta se libertar das
ilusões que tem sobre si mesmo e – porque essas ilusões o constituem – pelo
qual ele se dissolve”. Compreendemos nossa maneira de ser e nossas
capacidades. Estamos conscientes disso, mas não ficamos nos lamuriando por
causa de nossas limitações. Vemos tudo o que temos como dádivas de Deus e
sabemos que sem Ele nada seríamos. “Portanto,
humilhem-se debaixo da poderosa mão de Deus, para que ele os exalte no tempo
devido”. (I
Pd 5,6)
Quando uma mulher cobre sua cabeça na Igreja
Católica, simboliza sua dignidade e humildade diante de Deus, não dos homens.
Não é surpresa as mulheres de hoje terem tão facilmente abandonado a tradição
do véu quando os dois maiores significados do véu são piedade e humildade.
A mulher que cobre sua cabeça na presença do Senhor
Jesus no Santíssimo Sacramento está lembrando para si mesma que diante de Deus
se deve ser humilde. Assim como com todos os outros gestos exteriores, se é
praticado adequadamente, penetra no coração e é traduzido em ações bem
significativas. O “véu” cobre o que o Senhor, na Sagrada Escritura, chama de “a
glória da mulher”, o seu cabelo. Cobrir seus cabelos é um gesto que a mulher
faz espiritualmente para demonstrar a Deus que reconhece que sua beleza é menor
que a dele e que a glória dele está muito acima da sua. É uma doação de si mesmo, dos próprios desejos e
anseios às mãos do Senhor, com piedade e humildade, e reconhecendo-se
totalmente dependente do amor e misericórdia de Deus. Usando o véu, a mulher é
relembrada que as virtudes não podem crescer numa alma sem uma grande medida de
humildade. Assim ela usa o véu para agradar a Deus e recordar a si mesma de
praticar tais virtudes com mais ardor.
Escolheste, por
asilo, o Altíssimo (Sl 90, 9)
“Tu que habitas sob a proteção do Altíssimo, que moras à sombra do
Onipotente, dize ao Senhor: Sois meu refúgio e minha cidadela, meu Deus, em que
eu confio. É ele quem te livrará do laço
do caçador, e da peste perniciosa. Ele te cobrirá com suas plumas, sob suas
asas encontrarás refúgio. Sua fidelidade te será um escudo de proteção. Tu não
temerás os terrores noturnos, nem a flecha que voa à luz do dia, nem a peste
que se propaga nas trevas, nem o mal que grassa ao meio-dia. Caiam mil homens à
tua esquerda e dez mil à tua direita, tu não serás atingido. Porém verás com
teus próprios olhos, contemplarás o castigo dos pecadores, porque o Senhor é
teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo.” (Sl 90, 1-9)
Esta leitura, por si só, é
auto-explicativa. Quando se falava de sombra, pode-se imaginar uma grande rocha
projetando sua sombra sobre as areias de um deserto sob o sol escaldante. Ali, os
andarilhos poderiam se abrigar da luz e do calor do sol e ter um momento de
refrigério e alívio. Refúgio é um lugar para onde se foge em meio a uma guerra
ou perseguição. Fortaleza é um local onde se busca proteção e segurança em
tempos de perigo e ameaça. A proteção do Altíssimo é um lugar onde podemos nos
abrigar de ventos e tempestades da vida que se levantam contra nós. É um
esconderijo onde podemos nos ocultar de nossos inimigos. É uma sombra onde
podemos ter um momento de refrigério e alívio. Escolher o Altíssimo é estar em
constante comunhão com Deus para, assim, desfrutar de abrigo, esconderijo,
sombra, proteção e segurança em meio à tribulação. Note que estar com Deus não
nos livra de tribulações. Aquele que confia, entrega. Aquele que entrega, descansa.
Aquele que descansa, espera. Assim, Deus é abrigo para aqueles que, tendo
comunhão com Ele, confiam, se entregam e descansam nele.
Na Santa Igreja, deixamos os problemas do mundo para trás a fim de nos
abrigarmos à sombra das asas do Altíssimo, pois seu jugo é suave e seu
peso é leve (Mt 11,30). Ao
nos encontramos em frente a essa instituição divina, ficamos a um passo desse
manancial de misericórdias. Colocamos, então, o véu que representa a fina
distinção do ambiente de onde vimos para aquele onde adentramos.
O véu é um recolher-se de si
mesmo e abrir-se à intimidade com o Senhor. É confiar e entregar tudo a Ele
para que este possa majestosamente imperar sobre o nosso ser, por inteiro.
Amor a Jesus
Sacramentado
O véu é um auxílio para
que possamos entrar em comunhão e oração a Jesus, na Hóstia Consagrada:
“ ‘Reunir’
o coração, recolher todo o nosso ser sob a moção do Espírito Santo, habitar na
morada do Senhor (e esta morada somos nós), despertar a fé, para entrar na
Presença daquele que nos espera, fazer cair nossas máscaras e voltar nosso
coração para o Senhor que nos ama, a fim de nos entregar a Ele como uma
oferenda que precisa ser purificada e transformada.” (CIC, 2711).
“A contemplação é olhar de fé fito em Jesus. "Eu olho para Ele e
Ele olha para mim", dizia, no tempo de seu santo pároco, o camponês de Ars
em oração diante do Tabernáculo. Essa atenção a Ele é renúncia ao
"eu". Seu olhar purifica o coração; A luz do olhar de Jesus ilumina
os olhos de nosso coração; ensina-nos a ver tudo na luz de sua verdade e de sua
compaixão por todos os homens. A contemplação considera também os mistérios da
vida de Cristo, proporcionando-nos "o conhecimento íntimo do Senhor",
para mais O amar e seguir.” (CIC, 2715).
Não
há outra peça de roupa que a mulher deva vestir para servir com esta função. O
véu simbolicamente motiva a mulher a “inclinar” a cabeça em oração, a abaixar o
olhar diante da grande e misteriosa beleza e poder de Deus no Santíssimo
Sacramento. Pela inclinação da cabeça e pelo abaixar dos olhos, ela está mais
apta a adorar a Deus na capela interior do seu coração, sua alma.
Quando
uma mulher cobre a cabeça ela está protegendo o coração para que possa ser
cortejado pelo amor de Deus no Santíssimo Sacramento. Este é um místico ‘país’
onde somente o Eterno Pai pode entrar. Segundo Santo Afonso Maria de Ligório, a
devoção de adorar Jesus sacramentado é, depois dos sacramentos, a primeira de
todas as devoções, a mais agradável a Deus e a mais útil para nós.
A
Irmã Patrícia Therese diz que o véu motiva a mulher a inclinar a cabeça em
oração silenciosa. Isto, de fato, é o que todos devemos fazer quando nos
encontramos no Templo de Cristo, por conta da grande beleza e mistério de Jesus
Sacramentado. Nossa submissão a Deus é evidenciada pelo cobrir a cabeça e,
sendo a mulher representante da humanidade, relembra-nos que esta, para seu
próprio bem, só terá ordem quando for obediente ao verdadeiro Rei que é Cristo:
“fazei tudo o que Ele vos disser” (Jo 2,6).
Sacralizar e
valorizar
Deus
fala ao homem através da criação visível. O cosmos material apresenta-se à
inteligência do homem para que leia nele os traços do seu Criador. A luz e a
noite, o vento e o fogo, a água e a terra, a árvore e os frutos, tudo fala de
Deus e simboliza, ao mesmo tempo, a sua grandeza e a sua proximidade. Enquanto
criaturas, estas realidades sensíveis podem tornar-se o lugar de expressão da
ação de Deus que santifica os homens e da ação dos homens que prestam a Deus o
seu culto. O mesmo acontece com os sinais e símbolos da vida social dos homens:
lavar e ungir, partir o pão e beber do mesmo copo podem exprimir a presença
santificante de Deus e a gratidão do homem para com o seu Criador. (CIC,
1147-1148).
O
Cardeal Ratzinger, hoje Papa Bento XVI, comentou sobre como jovens sentem a
distorção litúrgica dos dias de hoje e sobre a revalorização desta: "É
preciso que volte a ser claro que a ciência da liturgia não existe para
produzir constantemente novos modelos, como é próprio da indústria
automobilística (...). A Liturgia é algo diferente da manipulação de textos e
ritos, porque vive, precisamente, do que não é manipulável. A juventude sente
isso intensamente. Os centros onde a Liturgia é celebrada sem fantasias e com
reverência atraem." (livro "O sal da terra", 1996)
Na Sagrada Liturgia, cobre-se delicadamente a dignidade dos diversos
elementos litúrgicos: o cálice com o Sangue de Nosso Senhor é coberto durante a
missa até o momento da consagração, o sacrário, onde fica permanentemente
o Corpo de Nosso Senhor, é coberto por um véu frontal; o véu que cobre o cálice
e o cibório, a toalha branca que cobre o altar, a casula que cobre o sacerdote
que oferece o Santo Sacrifício da Missa.
Portanto,
o uso do véu, entre tantos significados, é uma via de sacralização e
valorização da mulher. Em uma sociedade onde a mulher é, muitas vezes,
desvalorizada ou mal vista aos olhos dos homens, o véu é um meio de revesti-la
e dignificá-la perante os olhos do Senhor, porque o corpo do homem participa
da dignidade da “imagem de Deus”: ele é o corpo humano precisamente porque é
animado pela alma espiritual, e é a pessoa humana inteira que está destinada a
tornar-se, no Corpo de Cristo, o Templo do Espírito: Unidade de corpo e de
alma, o homem, por sua própria condição corporal, sintetiza em si os elementos
do mundo material, que nele assim atinge sua plenitude e apresenta livremente
ao Criador uma voz de louvor. Não é, portanto, lícito ao homem desprezar a vida
corporal; ao contrário, deve estimar e honrar seu corpo, porque criado por Deus
é destinado à ressurreição no último dia. (CIC, 364).
Graça: A graça
santificante nos faz "agradáveis a Deus" (CIC, 2024)
A graça
de Cristo é o dom gratuito que Deus nos faz de sua vida infundida pelo Espírito
Santo em nossa alma, para curá-la do pecado e santificá-la; trata-se da graça
santificante ou deificante, recebida no Batismo:
Em nós, ela
é a fonte da obra santificadora: Se alguém está em Cristo, é nova criatura.
Passaram-se as coisas antigas; eis que se fez uma realidade nova. Tudo isto vem
de Deus, que nos reconciliou consigo por Cristo (IICor 5,17-18) (CIC, 1999)
Nossa
justificação vem da graça de Deus. A graça é favor, o socorro gratuito que Deus
nos dá para responder a seu convite: tomar-nos filhos de Deus, filhos adotivos
participantes da natureza divina, da Vida Eterna. (CIC, 1996)
A
preparação do homem para acolher a graça é já uma obra da graça. Esta é
necessária para suscitar e manter nossa colaboração na justificação pela fé e
na santificação pela caridade. Deus acaba em nós aquilo que Ele mesmo começou,
"pois começa, com sua intervenção, fazendo com que nós queiramos e acaba
cooperando com as moções de nossa vontade já convertida": Sem dúvida,
operamos também nós, mas o fazemos cooperando com Deus, que opera
predispondo-nos com a sua misericórdia. E o faz para nos curar, e nos
acompanhará para que, quando já curados, sejamos vivificados; predispõe-nos
para que sejamos chamados e acompanha-nos para que sejamos glorificados;
predispõe-nos para que vivamos segundo a piedade e segue-nos para que, com Ele,
vivamos para todo o sempre, pois sem Ele nada podemos fazer. (CIC, 2001).
Sendo
assim, diferente do que muitos pensam, o uso do véu não tem o objetivo de medir
o grau de santidade de cada pessoa que o utiliza, ou mesmo menosprezar a uns ou
vangloriar a outros. Não somos
merecedores. Somos todos pecadores e dependentes da misericórdia e do amor de
Deus. O véu não atrai a atenção para si, porque o centro está no Cristo. O véu
não é sinônimo de santidade. O véu é símbolo facultativo de quem busca a face
do Senhor, que é a verdadeira santidade e que se fez homem por nós. O véu é
veículo para a conversão, pois impele à oração profunda, uma vez que o ser
humano deve buscar incessantemente o progresso espiritual que levará
gradualmente a viver na paz e na alegria das bem aventuranças.
Jesus
convida os pecadores à mesa do Reino: “Não vim chamar justos, mas pecadores”
(Mc 2,17). Convida-os à conversão, sem a qual não se pode entrar no Reino, mas
mostrando-lhes, com palavras e atos, a misericórdia sem limites do Pai por eles
e a imensa “alegria no céu por um único pecador que se arrepende” (Lc 15,7). A
prova suprema deste amor será o sacrifício de sua própria vida “em remissão dos
pecados.” (Mt 26.28) (CIC, 545).
Sacrifício
É justo
oferecer a Deus sacrifícios em sinal de adoração e de reconhecimento, de
súplica e de comunhão: "É verdadeiro sacrifício toda ação feita para se
unir a Deus em santa comunhão e poder ser feliz". Para ser verídico, o
sacrifício exterior deve ser a expressão do sacrifício espiritual: "Meu
sacrifício é um espírito compungido..." (Sl 51,19). Os profetas da Antiga
Aliança denunciaram com freqüência os sacrifícios feitos sem participação
interior ou sem ligação com o amor do próximo. Jesus recorda a palavra do
profeta Oséias: "É misericórdia que eu quero, e não sacrifício" (Mt
9,13; 12,7). O único sacrifício perfeito é o que Cristo ofereceu na cruz, em
total oblação ao amor do Pai e para nossa salvação. Unindo-nos a seu
sacrifício, podemos fazer de nossa vida um sacrifício a Deus. (CIC 2099-2100).
Sabe-se que o Brasil é um
país tropical e que faz muito calor, mas é verdade que sempre se consegue agüentar o calor quando quer. É visível que
algumas mulheres durante o tempo quente vão escassamente vestidas à Santa Missa
e a outras reuniões da igreja e, no entanto, elas mesmas vestem-se com modéstia
quando trabalham num escritório que requer formalidade. Ora, a sua consciência
e a sua alma valem algum sacrifício. Podemos oferecer o calor como penitência a
Deus. Sem levar em conta, ainda, a capacidade que qualquer mulher possui em
sacrificar-se quando lhe convém ir belíssimas a cerimônias de casamento,
formaturas ou outras festas seculares. Suportam qualquer coisa quando se trata
de ostentar beleza. O véu trata-se, também, de um sacrifício por aqueles que
ainda não tem a consciência da importância de Jesus na Hóstia Santa. Não seriam
as mulheres verdadeiramente cristãs capazes de fazer isso e muito mais por
Jesus, o Amado de nossas almas? Por amar Jesus Eucarístico, o véu pode ser um
pequeno sacrifício oferecido pela própria alma e por muitas almas que não têm
ninguém que por elas se sacrifique.
Maria: modelo
de obediência da fé
A
existência de Maria é um convite à Igreja para basear o seu ser na escuta e no
acolhimento da Palavra de Deus, porque a fé não é tanto a procura de Deus por
parte do ser humano, mas é, sobretudo, a aceitação por parte do homem de que
Deus vem até ele, visita-o e fala-lhe. Esta fé, para a qual nada é
impossível a Deus (cf Jo 18,14; Lc 1,37), vive e aprofunda-se na obediência
humilde e amorosa com que a Igreja sabe dizer ao Pai: Faça-se em mim segundo
a tua palavra (Lc 1,38). A fé leva constantemente a Jesus — Fazei tudo o
que Ele vos disser (Jo 2,5) — acompanha-O no seu caminho até aos pés da
cruz. Maria, na hora das trevas mais profundas, persiste corajosamente na
fidelidade, com a única certeza da confiança na Palavra de Deus.
Sempre
em Maria, a Igreja aprende a conhecer a intimidade de Cristo. Maria, que trouxe
em suas mãos a pequena criança de Belém, ensina a descobrir a infinita
humildade de Deus. Ela, que recebeu nos seus braços o corpo dilacerado de Jesus
deposto da cruz, mostra à Igreja como pegar em todas as vidas desfiguradas
neste mundo pela violência e pelo pecado. De Maria, a Igreja aprende o sentido
do poder do amor, como Deus o exerce e revela na própria vida do Filho
predileto: dispersou os soberbos... Exaltou os humildes (Lc 1,51-52).
Sempre de Maria, os discípulos de Cristo recebem o sentido e o gosto do louvor
perante a obra das mãos de Deus: o Todo-Poderoso fez em mim maravilhas
(Lc 1,49). Aprendem que estão no mundo para conservar a memória dessas
maravilhas e vigiar, enquanto aguardam o dia do Senhor.
Na
Igreja, o papel da mulher é particularmente central e fecundo. Desde o início,
a Igreja se considerou como uma comunidade ligada a Cristo por uma relação de
amor. Nisto, a Igreja, há sempre visto em Maria sua mãe e seu modelo. Dela
aprende alguns comportamentos fundamentais, como a acolhida na fé da palavra de
Deus e o conhecimento profundo da intimidade com Jesus e de seu amor
misericordioso.
A
referência a Maria, com suas disposições de escuta, de acolhida, de humildade,
de fidelidade, de louvor e de esperança, põe a Igreja em continuidade com a
história espiritual de Israel. Estas atitudes são comuns a todo batizado. Contudo,
é próprio das mulheres vivê-las com particular intensidade e naturalidade.
O
véu que a mulher usa lhe confere um belo senso de dignidade. Quando ela o usa,
ela se identifica com a maior criação de Deus, a Bem-Aventurada e Imaculada
Virgem Maria, Mãe de Deus. Não houve na terra quem mais amasse e ama o Senhor
que a Bem-Aventurada Virgem Maria. Em seu amor, sua humildade exalada como doce
incenso perfumado diante de Deus. O véu que ela usou simbolizava sua modéstia e
sua profunda humildade e submissão a Deus Todo-Poderoso. O véu é um chamado a
ser pela Sagrada Comunhão, de forma especial, como a doce e bela Virgem Maria:
Sacrário vivo do Corpo de Deus.
Olhar
para Maria e imitá-la não significa, todavia, voltar a Igreja a uma passividade
inspirada numa concepção superada da feminilidade, e condená-la a uma
vulnerabilidade perigosa, num mundo em que o que conta é, sobretudo, o domínio
e o poder. Na verdade, o caminho de Cristo não é nem o do domínio (cf Fil 2,6),
nem o do poder como o entende o mundo (cf Jo 18,36). Do Filho de Deus pode
aprender-se que esta passividade é, na realidade, o caminho do amor; é um poder
régio que derrota toda a violência; é paixão que salva o mundo do pecado e da
morte e recria a humanidade. Confiando ao apóstolo João a sua Mãe, o
Crucificado convida a sua Igreja a aprender de Maria o segredo do amor que
triunfa.
Submissão à
Deus
“Mas quero que saibais que senhor de todo homem é Cristo, senhor da
mulher é o homem, senhor de Cristo é Deus. Todo homem que ora ou profetiza com
a cabeça coberta falta ao respeito ao seu senhor. E toda mulher que ora ou
profetiza, não tendo coberta a cabeça, falta ao respeito ao seu senhor, porque
é como se estivesse rapada. Se uma mulher não se cobre com um véu, então corte
o cabelo. Ora, se é vergonhoso para a mulher ter os cabelos cortados ou a
cabeça rapada, então que se cubra com um véu. Quanto ao homem, não deve cobrir
sua cabeça, porque é imagem e esplendor de Deus; a mulher é o reflexo do homem.
Com efeito, o homem não foi tirado da mulher, mas a mulher do homem; nem foi o homem criado para a mulher, mas sim
a mulher para o homem. Por isso a
mulher deve trazer o sinal da submissão sobre sua cabeça, por causa dos anjos.”
(ICor 11, 3-10)
Para melhor entendermos
tal citação, vejamos também:
“Mulheres, sede submissas aos vossos maridos, pois assim convém a
mulheres cristãs. Maridos, amai as vossas mulheres e não sejais grosseiros com
elas.” (Col 3, 18-19).
Em um primeiro momento, pode parecer machismo a afirmação de São Paulo
aos Coríntios, quando afirma que o véu é para mulher um sinal de sujeição (ICor
11,10). Mas se parece, só parece: ora, cabe lembrar que o mesmo São Paulo,
falando aos Efésios (Ef 5,21-33) utiliza a mesma afirmação quando faz a
analogia que liga o homem à Nosso Senhor (que amou e se entregou pela Igreja) e
a mulher à Igreja (que é submissa à Nosso Senhor). E aqui há um rico
simbolismo! Esta submissão, evidentemente, à luz da doutrina católica, de forma
alguma pode significar para a mulher a sujeição a um autoritarismo machista, mas
sim a seu zelo em ser mãe e esposa como a essência da sua vocação matrimonial;
e se há aqui algo que Nosso Senhor espera da mulher, também há algo muito mais
desafiador que Ele espera do homem: “Maridos, amai as vossas mulheres, como
Cristo amou a Igreja e se entregou por ela” (Ef 5,25). E isto por si só já
descarta qualquer autoritarismo. Portanto, não é por causa de homens que se
cobre a cabeça, é um reconhecimento: Deus fez o homem, que é a sua (de Deus)
glória. E dele (de Adão, do homem) fez a mulher, sendo esta a sua (do homem)
glória (ICor 11,7). Além disso, diz S. Paulo, que devemos cobrir a cabeça por
causa dos anjos (ICor 11,10). Até os anjos cobrem seu rosto em face de estarem
diante de Deus (Is 6,2). Os anjos são puros, sem pecado, mas reconhecem o que é
estar diante da majestade de Deus, diante do Criador de todas as coisas e
cobrem seu rosto. Não iremos nós também nos cobrir diante de Cristo presente no
Santíssimo Sacramento?
A grosso modo, um homem
tirar um chapéu ou um boné ao entrar em local sagrado em sinal de respeito
(isto é, descobrir a cabeça) corresponde à uma atitude semelhante da mulher que
coloca um véu quando entra no local sagrado (isto é, cobrir a cabeça, e não com
uma peça qualquer, mas com uma peça digna e especialmente preparada para este
fim).
Acaso o uso do véu não
seria uma dessas delicadezas, próprias de mulheres apaixonadas pelo Deus-Amor
Sacramentado?
Deus criou o homem à sua
imagem e o constituiu em sua amizade. Criatura espiritual, o homem só pode
viver esta amizade como livre submissão a Deus (CIC, 396). O reclinar-se,
impulsionado pelo uso do véu, também é um gesto de submissão a Deus:
subordinação às suas vontades e conscientização da nossa pequenez face ao
esplendor e à grandeza de Deus.
Igreja: Esposa
de Cristo
Então o Reino dos céus será semelhante a dez
virgens, que saíram com suas lâmpadas ao encontro do esposo. Cinco dentre elas
eram tolas e cinco, prudentes. Tomando suas lâmpadas, as tolas não levaram óleo
consigo. As prudentes, todavia, levaram de reserva vasos de óleo junto com as
lâmpadas. Tardando o esposo, cochilaram todas e adormeceram. No meio da noite,
porém, ouviu-se um clamor: Eis o esposo, ide-lhe ao encontro. E as virgens
levantaram-se todas e prepararam suas lâmpadas. As tolas disseram às prudentes:
Dai-nos de vosso óleo, porque nossas lâmpadas se estão apagando. As prudentes
responderam: Não temos o suficiente para nós e para vós; é preferível irdes aos
vendedores, a fim de o comprardes para vós. Ora, enquanto foram comprar, veio o
esposo. As que estavam preparadas entraram com ele para a sala das bodas e foi
fechada a porta. (Mt 25, 1-10).
O
cristão espera a nova vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo. O véu é,
simbolicamente, como as lâmpadas acesas das virgens à espera do Esposo, uma
indicação de que ela está preparada para recebê-lo a qualquer momento, uma
auréola de seu amor espiritual pelo Esposo. Usar o véu é um ato de amor a Deus.
Tal vocabulário nupcial atinge a própria natureza da relação que Deus
estabelece com o seu povo, ainda que essa relação seja mais vasta do que se
possa provar na experiência nupcial humana.
As mulheres são chamadas a serem modelos e testemunhas insubstituíveis
para todos os cristãos de como a Esposa (a Igreja) deve responder com amor ao
amor do Esposo (Cristo). Portanto, a mulher é chamada a ser a imagem bíblica da
própria Santa Igreja, que é a noiva do Cordeiro (Ap 19,7). Que grande
dignidade isso lhe confere!
Ora, assim como a Igreja é submissa a Cristo,
assim também o sejam em tudo as mulheres a seus maridos. Maridos, amai as
vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e se entregou por ela, para santificá-la, purificando-a pela água do
batismo com a palavra, para apresentá-la
a si mesmo toda gloriosa, sem mácula, sem ruga, sem qualquer outro defeito
semelhante, mas santa e irrepreensível. Certamente, ninguém jamais aborreceu a
sua própria carne; ao contrário, cada qual a alimenta e a trata, como Cristo
faz à sua Igreja - porque somos membros de seu corpo. (Ef 5, 24-27; 29-31)
Esta esposa, de que fala a Carta
aos Efésios, faz-se presente em cada batizado e é como uma pessoa em quem o
olhar do seu Esposo se compraz: “Amou a
Igreja e por ela Se entregou... para apresentá-la a Si mesmo como Igreja
gloriosa sem mancha nem ruga, nem qualquer coisa semelhante, mas santa e imaculada”.
São Paulo exclama: “É grande este
mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja!” (Ef 5,32). O amor do homem e da mulher, vivido na força da
vida batismal, passa a ser sacramento do amor de Cristo e da Igreja, testemunho
dado ao mistério de fidelidade e de unidade, donde nasce a “nova Eva”, e de que
esta vive na sua peregrinação sobre a terra à espera da plenitude das núpcias
eternas. No que diz respeito à Igreja, o sinal da mulher é eminentemente
central e fecundo. Depende da própria centralidade da Igreja, que o recebe de
Deus e acolhe na fé. É esta identidade “mística”, profunda, essencial, que se
deve ter presente na reflexão sobre os papéis próprios do homem e da mulher na
Igreja.
A oração cristã é marcada pelo título de “Senhor”,
quer no convite à oração: “O Senhor esteja convosco”, quer na conclusão da
mesma: “Por nosso Senhor Jesus Cristo”, quer ainda pelo grito cheio de
confiança e de esperança: “Maran atha” (O Senhor vem!) ou “Marana tha” (Vem,
Senhor!) (1 Cor 16, 22): “Amém, vem, Senhor Jesus!” (Ap 22, 20). (CIC, 415)
Há um chamado, portanto, para a mulher ser esse
sinal vivo, nossa esperança: a Esposa de Cristo, que aguarda ansiosamente a sua
nova vinda. A espiritualidade profunda, a piedade e humildade, abandono em Deus
e confiança Nele são instrumentos que impulsionam o desejo ardente de ter Jesus
sempre por perto e coloca em nós o anseio e a esperança em dizer: Vem, Senhor
Jesus!
É obrigatório o uso do véu?
Como
já mencionado em diversas reflexões, o uso do véu é facultativo. É importante
que se entendam todas as razões para usá-lo de forma consciente e, sempre,
visando glorificar a Deus em sua Majestade Real. Há muitas mulheres, jovens,
idosas e crianças que sentem esse chamado, movidos pelo Espírito Santo:
O Espírito Santo é "o Princípio de toda
ação vital e verdadeiramente salutar em cada uma das diversas partes do
Corpo". Ele opera de múltiplas maneiras a edificação do Corpo inteiro na
caridade: pela Palavra de Deus, "que tem o poder de edificar" (At
20,32); pelo Batismo, por meio do qual forma o Corpo de Cristo; pelos
sacramentos, que proporcionam crescimento e cura aos membros de Cristo; pela
"graça concedida aos apóstolos, que ocupa o primeiro lugar entre seus
dons"; pelas virtudes, que fazem agir segundo o bem; e, enfim, pelas múltiplas
graças especiais (chamadas de "carismas"), por meio das quais
"torna os fiéis aptos e prontos a tomarem sobre si os vários trabalhos e
ofícios que contribuem para a renovação e maior incremento da Igreja".
(CIC, 798).
Portanto,
o véu está à disposição àquelas que sentem ardentemente no coração este
chamado. Isto pode, talvez, significar não ser a maioria. Não é porque sois mais numerosos que todos os outros povos que o Senhor
se uniu a vós e vos escolheu; ao contrário, sois o menor de todos (Dt 7,7).
Há muitos que, por ventura, digam, que tal comportamento é um tanto
tradicionalista ou nostálgico. Refletimos diversos fatores que expressam
significados profundos ao nosso servir a Deus. Vários sacerdotes e leigos nos
anos 70 e 80 sepultaram o véu. Foi considerado ultrapassado, antiquado,
retrógrado e símbolo de um contexto litúrgico que queriam apagar da história.
Algumas senhoras continuavam usando o véu e muitos respiravam aliviados,
pensando que essa “mera nostalgia” se extinguiria junto com elas.
Agora,
sob a sombra do Papa Bento XVI, parte do mundo católico olha perplexo ao ver
jovens, por livre e espontânea vontade, restaurando o uso do véu. São meninos e
meninas que amam, e são apaixonados por Jesus Eucarístico e pela Santa Igreja.
São meninas que usam véu, e meninos que apóiam o uso e são para elas suporte
para enfrentar os “olhares tortos” – olhares estes que são compensados por
muitos olhares comovidos de gente de mais idade, que se surpreende e vê nelas a
presença de uma sacralidade que ainda existe em nossas igrejas. São jovens
adoradores, que não vivem isso por mera "nostalgia”, pois não chegaram a
conhecer o tempo em que isso era comum. Vivem porque sabem que fazem parte de
uma Igreja que tem uma tradição de 2000 anos, tradição que mantém o seu sentido
em meio à falta de sentido do século XXI.
Uma
geração suprime; a outra restaura. Uma geração acaba por deixar a lacuna; a
outra a sente. Não se trata, também, de trazer a tona uma revolução na Igreja.
Seria contraditório aos objetivos de piedade e humildade que já refletimos. A
submissão a Deus também significa respeito às autoridades eclesiais. Um bom
teste a se fazer é se perguntar: “Se o Papa banisse o uso do véu amanhã, eu
estaria disposta a obedecer?” Se a resposta for sim, então essa é a atitude
correta. No final das contas, o uso do véu tem a ver com obediência a Deus e a
seus representantes. Obediência, como dizia São Bento, é a prova de fogo para a
santidade. Uma pessoa verdadeiramente humilde e santa obedece aqueles que foram
designados para dirigi-la.
Por fim, pode-se concluir que o uso do véu é, antes de
tudo, um chamado, um carisma. Cada um tem suas necessidades, seu processo de
crescimento espiritual. A Igreja, mãe generosa, oferece vários meios de prover
a essas necessidades, através de suas muitas formas de devoção e dos
sacramentais, que, se praticados corretamente, levam o fiel à maturidade
espiritual. Ademais, o hábito de usar o véu ajuda a mulher a compreender sua
vocação e identidade, seu lugar na criação e na Nova Aliança, o Santo
Sacrifício, bem como a real importância destes.
Quando
posso usar o véu? Qual a diferença entre o véu preto e o branco?
Como
mencionado no início desta apostila, o véu é um sacramental. Portanto é
recomendado que se use na Santa Missa, em celebrações de Batismo, ao
confessar-se, em casamentos e ao orar diante do Santíssimo Sacramento. Há
mulheres que usam, também, quando fazem suas orações particulares.
Sobre
a utilização da cor preta ou branca, é recomendável que as mulheres solteiras
usem o véu branco. As casadas podem usar tanto o véu preto quanto o branco e as
viúvas usam o véu preto.
Sites
recomendados
Existem, com a graça de Deus, diversos sites
disponíveis sobre assuntos que interessam as mulheres católicas. Mencionamos
aqui cinco sites que merecem ser visitados. Ao acessar, notem que há sempre
indicações de outros sites, igualmente interessantes e que valem à pena serem
explorados:
http://teusvestidos.wordpress.com/teus-vestidos/
Blog criado para disponibilizar e compartilhar alguns
modelos de roupas femininas para as mulheres que se identifiquem com a proposta
de modéstia. Contém fotos, modelos e diversas dicas de como vestir-se com
elegância. Site católico.
http://velatam.blogspot.com/
Este blog -
Velatam ad Dei Gloriam: velada para a glória de Deus - tem a finalidade de
exaltar o significado e o valor do véu, símbolo litúrgico tão expressivo e
tradicional da Santa Igreja Católica. Contém fotos e depoimentos de outras
mulheres que utilizam o véu.
http://www.4shared.com/audio/KwPGKbWs/Cor_Mariae_12_-_O_Piedoso_Uso_.html
Formação, a respeito do uso do véu nas igrejas;
ministrada pelo Pe. Paulo Ricardo de Azevedo Júnior, da Arquidiocese de
Cuiabá-MT, em áudio.
http://cormariaeonline.blogspot.com/p/formacoes.html
O Apostolado "Cor Mariae" ("Coração de
Maria"), pretende resgatar o papel digno e nobre da mulher nos planos de
Deus, mostrando a beleza da diferença entre os sexos e como isto é querido por
Deus. Contempla desta forma o aspecto físico e espiritual neste resgate à
nobreza feminina por meio de formações divulgadas no site.
http://inmulieribus.blogspot.com
Este blog é composto de mulheres que se dispõem a
falar de quase todos os assuntos: moda, filosofia, política, maternidade,
trabalho, culinária, santidade na vida cotidiana, enfim, uma gama de assuntos
relacionados à vida das autoras como mulheres e católicas que são.
Bibliografia
ABC DO VÉU. Velatam ad Dei Gloriam. Disponível
em http://velatam.blogspot.com/
A IMPORTÂNCIA DA SANTA MISSA. Igreja Online: Evangelizando no Novo Milênio. Disponível
em http://www.cot.org.br/igreja/importancia-da-santa-missa.php
A IMPORTÂNCIA DA SANTA MISSA. Ivanildo Junior, Paraclitus. Disponível em http://www.paraclitus.com.br/2011/doutrina/a-importancia-da-santa-missa/
CARTA AOS BISPOS DA IGREJA CATÓLICA SOBRE A COLABORAÇÃO DO HOMEM E DA
MULHER NA IGREJA E NO MUNDO. Roma, Sede da Congregação para a Doutrina da Fé,
31 de Maio de 2004, Festa da Visitação de Nossa Senhora. + Joseph Card.
Ratzinger. Aprovado pelo Sumo Pontífice João Paulo II.
CATECISMO DA IGREJA CATÓLICA. Edição Típica Vaticana. Edições Loyola. 2000.
HOMEM E MULHER NO PROJETO DE DEUS. Teologia do Corpo. Padre
Paulo Ricardo. Disponível em http://padrepauloricardo.org/cursos/homem-e-mulher-no-projeto-de-deus/
LITURGIA. Comunidade Católica Shalom. Disponível em http://www.comshalom.org/servicos/arteeliturgia/formacaoLit.php
O QUE É HUMILDADE / HUMILITY / HUMILDAD.
Filosofia e Espiritualidade. Disponível em http://filosofiaeespiritualidade.blogspot.com/2008/10/humildade.html
OS SACRAMENTAIS. Texto baseado no livro ‘A fé explicada – Leo
J.Trese - Ed. Quadrante’. Disponível em http://www.padrefelix.com.br/d_sacramentais.htm
Pax,
ResponderExcluirApostila perfeita!!!
Estava atrás de uma explicação neste sentido.
Dia 24 de Maio - será promovido em nossa Paróquia um encontro sobre o uso de véu na Igreja. Este texto será com certeza bem divulgado lá...
Pax
Carina, gostaria de saber se pode me passar seu e-mail. Não encontrei aqui no blog, espero de coração que possa ver este comentário. Preciso te enviar um material que acredito que será uma bela surpresa! No amor de Maria, um abraço.
ResponderExcluirAguardo seu contato.